Mundo Cibernético

 

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As (des)elegâncias do mundo cibernético

A correspondência pela internet segue os mesmos princípios da etiqueta à mesa. Todo o mundo usa garfo e faca, mas nem todos com a devida fineza. Se falarmos de boca cheia é uma falta de educação, ESCREVER EM LETRAS MAIÚSCULAS é considerada a pior gafe do mundo cibernético. Aparece em primeiro lugar nas listas de "netiquette", ou regras de etiqueta na Internet, Significa que estás gritando.

Portanto, aí vai a regra número 1: a menos que a intenção seja mesmo soltar uns berros virtuais, nunca mande uma mensagem em letras maiúsculas. Imagine o espanto do destinatário na frente do outro monitor.

Meio rápido e fácil, disponível a qualquer momento, a internet induz a uma certa informalidade no tratamento. "Isso deve ser evitado, principalmente no primeiro contacto e se não conhecer a pessoa", diz Suzana Doblinski Joehr, consultora especializada em etiqueta empresarial e flexibilidade cultural que mora em Vevey, na Suíça.

É natural que a informalidade seja o tom dominante nos e-mails, já que, muitas vezes, eles substituem ligações telefónicas. Transformam-se em diálogos trocados em doses homeopáticas durante o dia. Chegam ao extremo - piada que já circula há anos na internet - quando uma pessoa manda um recado perguntando se o seu colega estaria interessado em almoçar, apesar de o tal colega se sentar na mesa ao lado.

"A internet é mais parecida com o telefone. É ágil, sem protocolos", diz Teresa Roza, engenheira sanitarista que trabalha numa multinacional.

Acostumada a se comunicar no trabalho via e-mail, Teresa é uma internauta elegante. Não reenvia mensagens compridas ou carregadas, raramente envia piadas e toma cuidado com o que escreve. Apesar de não haver regras claras nas empresas quanto ao uso do e-mail, não podemos esquecer que é um meio de comunicação aberto, que pode ser visto pelos patrões, isto se a caixa de correio for fornecida pela empresa, caso contrário, seria praticamente impossível alguém conseguir ler informações de outras pessoas.

Colocando as regras de etiqueta de rede à parte, um dos principais pecados capitais diz respeito À linguagem utilizada das mensagens, fazer mau uso do português, esquecendo concordâncias básicas. "As regras gramaticais existem e não podem ser esquecidas nos e-mails".

A velocidade da comunicação faz o ponteiro do rato correr logo para clicar em "enviar a mensagem", mas é melhor refrear o impulso e reler antes o que foi escrito.

Mesmo porque, alertam os especialistas, um recado enviado pela internet pode ficar armazenado por muito tempo, e qualquer deslize, gramatical ou de humor, pode ficar como prova e ser tirado do baú mais tarde. "Lembre-se: o que você escreve é um reflexo da sua personalidade", diz Suzana.

Apesar de aconselharem o bom uso da gramática, os especialistas recomendam que se evitem acentos e caracteres específicos de determinada língua, como o "ç" em português quando enviadas mensagens a países que não têm o mesmo tipo de acentuação ou pontuação (em geral, caracteres que não sejam ASCII). Nesses casos, o texto pode virar "grego", mostrar sinais incompreensíveis para quem o recebe. Não custa lembrar que, em mensagens a compatriotas, a correcta utilização de acentos e letras especiais é essencial e fundamental para manter não só a compreensão fácil do texto como o bom conceito que o endereçado faz dos dotes gramaticais do remetente.

Os "smileys", marcas de pontuação que formam expressões como